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OS CEGOS E O ELEFANTE
Era
uma vez seis amigos, todos cegos, que moravam na Índia
- terra dos maiores animais da terra, os elefantes. Naturalmente,
sendo cegos, os amigos não tinham a menor idéia
de como era um elefante.
Um dia, estavam sentados, conversando, quando escutaram um grande
urro.
- Acho que está passando um elefante pela rua - disse
um deles.
- Então, é nossa chance de descobrir que tipo de
criatura é esse tal de elefante! - disse outro.
E foram todos para a rua.
O primeiro cego esticou o braço e tocou a orelha do elefante.
- Ah! - disse para sí mesmo -, o elefante é uma
coisa áspera, espalhada. É como um tapete.
O segundo cego pegou na tromba.
- "Agora entendi", pensou. "O elefante é
uma coisa comprida e redonda. É como uma cobra gigante."
O terceiro cego pegou uma perna do elefante.
- Bom, eu jamais iria adivinhar! - espantou-se. - O elefante
é alto e forte, igual a uma árvore.
O quarto cego pegou ao lado da barriga do elefante.
"Agora eu sei", pensou. "O elefante é largo
e liso, como uma parede."
O quinto cego colocou a mão numa das presas.
- O elefante é um animal duro, pontudo, como uma lança
- decidiu ele.
O sexto cego pegou no rabo do elefante.
- Ora, ora! - decepcionou-se. - Pode urrar bem forte, mas esse
tal de elefante é apenas uma coisinha igual a uma cordinha
fina!
Em seguida, sentaram-se juntos novamente, para conversarem, sobre
o elefante.
- Ele é apenas áspero e espalhado, como um tapete!
- disse o primeiro.
- Não, nada disso; ele é comprido e roliço,
como uma cobra - disse o segundo.
- Não fale uma bobagem dessa! - riu o terceiro. - Ele
é alto e firme, como uma árvore!
- Ah, nada disso - resmungou o quarto. - Ele é largo e
liso, como uma parede.
- Duro e pontudo, como uma lança! - gritou o quinto.
- Fininho e comprido, como uma cordinha! - berrou o sexto.
E aí começaram a brigar. Cada um insistia que tinha
razão. Afinal, cada um o havia tocado com suas próprias
mãos.
O dono do elefante ouviu a gritaria e chegou perto para ver que
confusão era aquela.
- Cada um de vocês está certo, mas cada um de vocês
está errado também - falou ele. - Um homem sozinho
não consegue saber toda a verdade, só uma pequena
parte. Porém, se trabalharmos juntos, cada um contribuindo
com a sua parte para a formação do todo, aí
sim poderemos obter sabedoria.
(Extraido do Livro das Virtudes de Willian J. Bennett - Editora
Nova Fronteira)
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Mágica
by Leandro Amaral e Ricardo Namur
Ilustrações em aquarela: Sérgio Ramos |