Era uma vez... 


@ A ESTRELA VERDE

lualua
Milhões e milhões de estrelas no céu. Todas as cores: brancas, lilases, vermelhas, azuis ...
Um dia elas procuraram o Senhor Deus, todo poderoso, e lhe disseram:
- Senhor Deus, gostaríamos de viver na Terra entre os homens.
- Assim será feito - respondeu Deus - conservarei todas vocês pequeninas como são vistas, e podem descer à Terra.
Conta-se que, naquela noite, houve uma linda chuva de estrelas. Algumas se aninharam nas torres das igrejas, outras foram brincar e correr com os vagalumes no campo, outras misturaram-se aos brinquedos das crianças e a Terra ficou maravilhosamente iluminada.

Porém passado algum tempo, as estrelas resolveram abandonar os homens e voltar para o Céu, deixando a Terra escura e triste.
- Por que voltaram ? - perguntou Deus, à medida que elas chegavam ao Céu.
- Senhor, não foi possível permanecer na Terra. Lá existe muita miséria, desgraça, fome, violência, guerra, maldade e muitas doenças.
E o Senhor lhes disse:
- Claro, o lugar real de vocês é aqui no Céu. A Terra é um lugar transitório, daquele que cai, daquele que erra, daquele que morre e onde nada é perfeito. O lugar onde tudo é perfeito é aqui no Céu, onde tudo é imutável, onde tudo é eterno, onde nada perece.
Depois de chegarem todas as estrelas e conferido o seu número, Deus falou de novo:
- Mas está faltando uma estrela, perdeu-se no caminho ?
Um anjo, que estava perto retrucou:
- Não, Senhor, uma estrela resolveu ficar entre os homens; ela descobriu que seu lugar á exatamente onde existe imperfeição, onde há limites, onde as coisas não vão bem.
- Mas que estrela é essa ? - voltou Deus a perguntar.
- Por coincidência, Senhor, era a única estrela dessa cor.
- E qual a cor dessa estrela ? - insistiu Deus.
E o anjo disse:
- A estrela é a verde, Senhor. A estrela do sentimento da esperança...

E quando então olharam para a Terra, a estrela já não estava só. A Terra estava novamente iluminada. Porque o único sentimento que o Homem tem e Deus não tem é a Esperança.
Deus já conhece o futuro, e a esperança é própria da natureza humana. Própria daquele que cai, daquele que erra, daquele que não é perfeito, daquele que não sabe como será seu futuro...


Agradecimentos ao Victor que nos enviou esse conto.

 


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©1997-2002, Chave Mágica
by Leandro Amaral e Ricardo Namur
Ilustrações em aquarela: Sérgio Ramos