ATLÂNTIDA
Este continente, para
muitos apenas uma lenda, realmente existiu, e passou por terríveis
e espantosas catástrofes antes de desaparecer totalmente,
no fundo do Oceano Atlântico.
A primeira aconteceu há aproximadamente 800.000 anos, a
segunda há uns 200.000 anos e a terceira e última
há uns 11.000 anos.
A famosa história do dilúvio universal, cujas versões
encontram-se nas tradições de todas as raças,
são uma recordação da grande catástrofe
atlante. Os ensinamentos religiosos da América primitiva,
os sagrados cultos do Incas, Maias, Astecas, os deuses e deusas
dos antigos gregos, escandinavos, fenícios, hindus, etc.,
são de origem atlante.
No velho Egito dos faraós, os sacerdotes de Saís
disseram a Sólon que a Atlântida tinha sido destruída
nove mil anos antes de conversarem com ele.
O famoso doutor Paulo Scliemann, que teve a alta honra de haver
descoberto as ruínas da velha Tróia achou no tesouro
de Príamo um estranho jarrão de forma muito peculiar.
Nele estava gravada uma frase com caracteres fenícios,
cujo texto dizia: Do Rei Cronos da Atlântida.
Num antigo manuscrito Maia, conservado no Museu Britânico,
lê-se o seguinte: 'No ano 6 de kan, o II muluc, no mês
zrc, ocorreram terríveis terremotos que continuaram sem
interrupção até o 13 chuen. O país
das colinas de barro, a terra de Mu, foi sacrificada. Depois de
duas comoções, desapareceu durante a noite, sendo
constantemente estremecida pelos fogos subterrâneos que
fizeram a terra afundar e reaparecer várias vezes e em
diversos lugares. Por fim, a superfície cedeu, dez países
separaram-se e desapareceram. Afundaram 64 milhões de habitantes
há oito mil anos antes de se escrever esse livro'.
Nos arquivos do antigo Templo Budista de Lhasa, pode-se ler ainda
uma inscrição caldaica bem antiga, escrita dois
mil anos antes de Cristo e que diz:
'Quando a estrela bal caiu no lugar onde agora só existe
mar e céu, as sete cidades com suas portas de ouro e templos
transparentes tremeram e sacudiram como folhas de árvore
batida pela tormenta. Eis que uma onda de fogo e fumo elevou-se
dos palácios e os gritos de agonia da multidão encheram
o ar. Procuraram refúgio em seus templos e cidadelas, porém
o sábio Mu, o sacerdote de Ra-Mu, apresentou-se a eles
e disse: "Não vos predisse isto ?" E homens e
mulheres, cobertos de pedras preciosas e brilhantes vestes, clamaram:
"Mu, salva-nos". E Mu replicou: "Morrereis com
os vossos escravos e vossas riquezas e de vossas cinzas surgiram
novas nações. Se os seus habitantes se esquecerem
de que devem ser superiores, não pelo que adquirem, mas
pelo que dão, a mesma sorte lhes caberá". As
chamas e o fumo afogaram as palavras de Mu e a terra fez-se em
pedaços, submergindo com seus habitantes nas profundezas
em poucos meses'.
Os Atlantes aprenderam a desgravitar os corpos à vontade.
Com um pequeno aparelho que cabia na palma da mão, podiam
fazer qualquer corpo levitar pois mais pesado que fosse.
O Deus Netuno governou sabiamente a Atlântida. Era digno
de se ver o sacratíssimo templo desse santo deus. As paredes
ou muros prateados do templo assombravam por sua beleza. As cúpulas
e tetos eram todos de ouro maciço da melhor qualidade.
O marfim, a prata, o ouro e o bronze luziam no interior do Templo
de Netuno, com todos os régios explendores dos templos
antigos. A gigantesca e sagrada escultura do venerado e sublime
Deus Netuno, era toda de ouro puro. A inefável e misteriosa
estátua montada em seu belo carro, puxado por exóticos
corcéis e o respeitável séquito de cem nereidas
infundiam profunda veneração na mente dos devotos
atlantes.
O alfabeto fenício, pai de todos os famosos alfabetos europeus,
tem sua raiz num antigo alfabeto atlante que foi corretamente
transmitido aos maias pelos atlantes. Todos os símbolos
e hieróglifos dos egípcios e dos maias provém
da mesma fonte atlante. Assim, explica-se a sua semelhança,
demasiado grande para ser resultado da casualidade.
Os atlantes conheceram a energia atômica e a utilizaram
na paz e na guerra. A ciência Atlante teve a vantagem de
caminhar sempre unida à Magia.
As cidades atlantes foram florescentes enquanto seus habitantes
permaneceram fiéis à religião de seus pais,
enquanto cumpriram com os preceitos do Deus Netuno, enquanto não
violaram a lei e a ordem. Quando profanaram as coisas sagradas,
quando abusaram do sexo, quando se mancharam com os sete pecados
capitais, foram castigados e submergiram com toda a sua riqueza
no fundo do oceano.
(Bibliografia do Livro "A Noite dos Séculos",
autor: Samael Aun Weor, fundador do Movimento Gnóstico
no Mundo)