PIRÂMIDE DE KUKULCAN

Um dos sítios arqueológicos mais importantes da cultura Maia, Chichen Itza, está localizado a 203 quilômetros de Cancun no México. Sua construção data dos séculos X e XIII.
Existem muitas construções interessantes, mas a que mais se destaca pela grandiosidade e importância simbólica e astronômica, é a Pirâmide de Kukulcan, que nos convida a conhecer um fenômeno solar muito misterioso.

Os Maias criaram dois calendários diferentes. Um calendário com 260 dias que era usado para fins religiosos, com 18 meses de 20 dias, e o de 365 dias para determinar as épocas de plantio.
Segundo a crença dos Maias, a cada 52 anos os calendários se coincidem, e nessa época, o Deus Kukulcan apareceria, e iria observar o que seu povo havia feito de produtivo nesse período, ou não seriam privilegiados com a chuva de que tanto precisavam para suas plantações.
Para impressionar o Deus eles construiram inicialmente uma pirâmide. Na próxima coincidência do calendário, uma pirâmide maior, foi construida sobre a primeira, que é a que hoje conhecemos como a Pirâmide de Kukulcan.
Entre as duas pirâmides existe um espaço de aproximadamente 1 metro, sem que haja qualquer ligação entre elas.
A pirâmide tem 9 patamares divididos ao meio por uma escada de 91 degraus. Temos assim 9 patamares de cada lado da escada (9x2=18 que é o número de meses do calendário ritual). A pirâmide tem 4 faces que, multiplicadas pelo número de degraus dá 4x91=364. Se a este número somarmos o patamar superior, teremos 365, que é o número de dias do outro calendário dos Maias. Coincidências?

Mais ainda, a fachada da pirâmide tem 52 painéis. Será que é para lembrar a coincidência dos calendários e a chegada da Serpente Emplumada?

Nos equinócios de primavera e de outono (em torno de 21 de março e de 21 de setembro) um outro espetáculo acontece. A sombra dos patamares se projeta numa das laterais da escadaria formando triângulos que fazem lembrar, à medida que o sol se movimenta, o corpo de uma serpente se deslocando até unir-se à cabeça, que se encontra esculpida em pedra, na base das duas rampas que ladeiam a escadaria da fachada principal.
O misterioso é que com esse fenômeno, mesmo com 9 patamares, o corpo da serpente é formado por 7 triângulos de sol.
A serpente em março parece subir (com o por do sol) e em setembro parece descer (com o nascer do sol). Este espetáculo dura cerca de 20 minutos.

Coincidências ou sabedoria ?


 


 

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©1997-2001, Chave Mágica
by Leandro Amaral e Ricardo Namur
Ilustrações em aquarela: Sérgio Ramos