A MALDIÇÃO DO FARAÓ
Os egípcios tinham
uma grande mística sobre a morte. Os corpos eram mumificados
por processos ainda hoje não totalmente conhecidos e sepultados
em tumbas com alimentos e tesouros.
Para previnir que sua vida após a morte fosse perturbada,
as tumbas eram escondidas em locais de difícil acesso e
as maldições serviam para sua proteção
eterna.
Hoje o que chamamos 'maldição', pode ser algo que
para eles era científico. Podemos comparar com o que diziam
os escritos dos antigos testamentos quando descreviam a energia
atômica, como 'poderes inimagináveis'.
Não devemos cair na ingenuidade de comparar o desenvolvimento
das culturas pelas criações físicas, mas
pelas realizações e o despertar da consciência
interior.
Nossa história começa com a chegada do jovem inglês
Howard Carter, ao Egito em 1891, que sempre teve a certeza que
havia uma tumba ainda não descoberta, que pertencia ao
não muito conhecido Rei Tutankamon.
Carter encontrou o Lord Carnarvon, um egiptologista famoso, para
financiar sua busca, e por cinco anos ele procurou a tumba não
encontrando nada.
Carnarvon chamou Carter à Inglaterra em 1922, para que
ele cancelasse a busca. Mas Carter conseguiu convencê-lo
a permanecer no Egito por mais uma temporada.
Antes de retornar ao Egito, Carter comprou uma gaiola com um canário
amarelo.
O ajudante de Carter, Reis Ahmed, ao ver o pássaro disse:
- É um pássaro dourado, ele nos trará sorte.
Talvez sim, pois em 4 de Novembro de 1922, os trabalhadores de
Carter descobriram uma entrada lacrada, e mesmo antes de saberem
de quem era a tumba, eles a chamaram de "A Tumba do Pássaro
Dourado" em homenagem ao pássaro que havia trazido
sorte.
Mais tarde descobriram na entrada a gravação do
nome: Tutankamon, e as palavras da maldição:
"A Morte chegará em Asas Rápidas àquele
que perturbar a paz do Rei"
Quando Carter chegou em sua casa à noite encontrou seu
criado na porta. Na mão dele estavam algumas penas amarelas,
e seus olhos expressavam grande medo, mas ele conseguiu dizer,
que o canário havia sido morto por uma naja.
O homem, aterrorizado, agarrou a manga de Carter e disse:
- A serpente do Faraó comeu o pássaro, porque ele
nos conduziu à tumba oculta. Você não deve
pertubar a tumba.
Carter apenas desprezou o aviso do homem, pois estava ansioso
para enviar um telegrama a Carnarvon, para que ele soubesse do
seu vitorioso achado.
Carnarvon chegou ao Egito em 26 de Novembro e presenciou Carter
fazer a maior descoberta arqueológica do século,
pois a tumba continha uma coleção de tesouros e
um sarcófago de pedra que continha em seu interior 3 caixões
de ouro, um dentro do outro, e no último estava a múmia
do menino-rei Tutankamon. Nesse clima de euforia, ninguém
se preocupou com a maldição.
Mas, 5 meses após essa data, o senhor Carnarvon, foi levado
doente para o Cairo e morreu de uma causa não conhecida,
mas que parecia ser uma infecção ocasionada por
uma picada de inseto, que foi mais tarde encontrado em seu cadáver.
Dizem que no momento de sua morte, seu cachorro favorito, na Inglaterra,
deu um longo uivo e morreu também.
Um dos fatos mais estranhos, é que quando foram retiradas
as ataduras da múmia de Tutankamon, foi encontrada uma
ferida na bochecha esquerda, na mesma posição onde
o inseto picou o senhor Carnarvon, e que o levou à morte.
Várias pessoas envolvidas com a descoberta da tumba de
Tutankamon tiveram mortes precoces ou inexplicáveis, e
em 1929 já haviam morrido 11 pessoas.
A humanidade moderna tendo como meta o avanço tecnológico,
pouco compreende os poderes dos antigos, e muitas vezes os despreza.
Os mistérios que cercam a vida de Tutankamon e sua morte
ainda estão sendo resolvidos gradualmente. E a história
dele continua nos surpreendendo com novas teorias, numa tentativa
de explicar o que realmente aconteceu ao menino atrás da
máscara dourada.
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